Por FERNANDO LICHTI BARROS
Foto: Régis Filho |
De braços dados, caminhamos
lentamente por um corredor no Instituto do Coração, em São Paulo.
Sujeito boa-praça, o Bauru, saxofonista
que no fim da década de 30 começou a tocar na banda de Potirendaba, a cidade
onde nasceu, no interior de São Paulo.
Conversa agradável, memória precisa, histórias
sobre dancings, boates, viagens, gravações com as orquestras de Carlos Piper, Dick Farney, Sylvio Mazzucca. E planos, muitos planos.
Poderia voltar a tocar um mês
após receber alta, ele disse. Iríamos, então, “montar um grupo legal, bolar um projeto, conseguir patrocínio”.
As ideias
pareciam brotar de um menino encantado com o mundo, e não de um homem de 87 anos à espera de uma cirurgia.
Alguns passos depois, paramos
diante de um janelão de vidro. Rondava o Hospital das Clínicas um helicóptero
da Polícia Militar em tensa coreografia. E Bauru:
- Lindo. Parece um beija-flor.
Não é pra ter saudade de um
cara assim?
Bauru - Apostolo Secco - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=n_0tGwEBZXY
Carlos Piper - LP O Som Espetacular da Orquestra de Carlos Piper ...
https://www.youtube.com/watch?v=uGnIUi3s9SM
.
Lindo post... Meu pai realmente foi um ser especial.... Na parede ainda tem as marcas de lapis que ele anotava da trajetória da sombra do sol durante o ano... Obrigado....
ResponderExcluirSeu Bauru realmente era um ser de luz e brilho próprio.
ResponderExcluirMuito querido do meu pai Sax alto Pirai , bons momentos !
ResponderExcluirQuerido Bauru... muito tempo na estrada, nos bailes da vida. Saudade 💜
ResponderExcluirSaudade do Bauru e de você, Fernando. Bauru virou a lata de lixo do mundo, nas últimas eleições. Infelizmente.
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